Festival Sete Sóis Sete Luas: 120 conciertos en 34 ciudades del Mediterraneo y de la Lusofonia
Este ano na 21.ª edição, o Festival Sete Sóis Sete Luas envolve 34 cidades do Mediterrâneo e da Lusofonia, incluindo agora a Eslovénia e a Tunísia.
No arranque do festival, a 29 de junho, Alfandega da Fé acolhe um concerto da cantora israelita Mor Karbasi, numa "viagem musical ao universo sefardita", e um seminário sobre os Judeus em Trás-os-Montes.
A apresentação do programa do Festival Sete Sóis Sete Luas de 2013 foi feita no dia 28 de junho, na Fundação José Saramago, pelo diretor Marco Abbondanza, que sublinhou o crescimento continuado deste "pluriverso cultural cheio de diferenças que mostram uma profunda raiz unitária". Ana Paula Laborinho, em nome do Instituto Camões a que preside, e Pilar del Río, presidenta da Fundação José Saramago, participaram na sessão.
O programa, que só estará completamente fechado dentro de duas semanas pois ainda faltam algumas confirmações, abrange 120 espetáculoe e exposições em 34 cidades de 13 países da bacia mediterrânica e da lusofonia - Brasil, Cabo Verde, Croácia, Espanha, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos, Roménia, Eslovénia, Tunísia e Portugal.
A Fábrica da Pólvora de Barcarena, em Oeiras, terá espetáculos às sextas-feiras, a partir de 5 de julho, começando com o grupo italiano Sossiobanda que irá, no dia 7 a Ponte de Sor. Nesta cidade, o grupo Orient.7sóis.Orkestra, com direção musical de Rão Kiao, apresenta-se no dia 13 de julho. Este é um projeto original que junta Marko Kalcic da Croácia, Kelly Thoma da Grécia, Salim Allal da Argélia, Miguel Angel Ramos de Espanha, Rica Rebordão e Rão Kiao de Portugal.
O Festival, com um orçamento superior a 800 mil euros, tem o apoio da Fundação Anna Lindh (com sede no Egito), do Instituto Camões e dos municípios de Ponte de Sor, Alfandega da Fé, Castro Verde, Elvas, Odemira e Oeiras. Na sua origemn estiveram os escritores José Saramago e Dario Fo, ambos posteriormente laureados com o Prémio Nobel da Literatura.
O programa pode ser consultado no site da organização:
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Sete Sóis Sete Luas no Parlamento Europeu
Um festival sem fronteiras é o que o Parlamento Europeu vai conhecer no dia 23 de janeiro, numa reunião de uma hora em que o Sete Sóis Sete Luas vai contar à Comissão da Cultura a história de 20 anos de existência. O diretor do Festival, Marco Abbondanza, terá uma hora para falar aos deputados europeus sobre o conceito e a experiência de mais de 20 anos de trabalho com 30 municípios de onze países que compõem a rede internacional - Brasil, Cabo Verde, Croácia, Espanha, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos, Roménia e Portugal. Como refere um comunicado da organização, esta é "uma babel linguística para dar voz a um projeto cultural que desde 1993 trabalha para a promoção da música popular e da arte contemporânea" dos países envolvidos. A sessão não terá apenas palavras ditas: "Como a música pode valer mais que as palavras, para terminar a reunião serão apresentados dois estilos musicais declarados pela UNESCO como património imaterial da humanidade, interpretados por dois grupos que participaram várias vezes no festival SSSL: os Tenores de Neoneli da Sardenha no “Canto a Tenore” e o cantor andaluz Juan Pinilla no “Flamenco”. Esta é a segunda vez que o festival SSSL é chamado pela Comissão da Cultura do Parlamento Europeu de Bruxelas. A sua primeira presença foi no ano 2009 graças à iniciativa de Katerina Batzeli, presidente da Comissão da Cultura do Parlamento Europeu daquela época, e agora a iniciativa partiu do euroedeputado italiano Gianni Vattimo. O Festival tem três centros - Pontedera(Italia), Ponte de Sor (Portugal) e Frontignan (França) e nasceu em 1993: "Jovens sonhadores, com uma grande paixão pelo teatro, fundam o Gruppo Teatrale Immagini (Grupo Teatral Imagens) em 1987. Ansiosos por atravessar a fronteira italiana, em 1991, voam até ao Alentejo. Aqui apresentam vários espectáculos, com muito sucesso, e entram em contacto com José Saramago, convidando-o a visitar Pontedera. O escritor português não só aceita o convite, como também lhes oferece os direitos de autor em Itália do seu livro “O ano de 1993”. Em 1993 nasce o Festival Sete Sóis Sete Luas, dirigido por Marco Abbondanza desde a sua primeira edição, e começa o original e rico intercâmbio cultural entre Itália e Portugal" - pode ler-se no site do Festival. José Saramago foi o primeiro presidente honorário. Na foto, espetáculo do grupo português Melech Mechaya no Tarrafal, em Cabo Verde, no dia 7 de janeiro de 32013 (imagem do Festival Sete Sóis Sete Luas).